O setor de granjas no Brasil vive um momento delicado após a imposição de novas taxas comerciais pelos Estados Unidos sobre produtos de origem avícola. A medida impactou diretamente as exportações brasileiras, reduzindo de forma brusca a entrada de divisas e afetando grandes empresas do segmento.
Segundo empresários do setor, a situação já provoca efeitos em cadeia: diversas granjas estão tendo que adiar ou renegociar pagamentos com fornecedores, em razão da queda no volume de exportações. A retração, considerada inesperada, trouxe preocupação para produtores, que veem o mercado internacional como essencial para a manutenção do equilíbrio financeiro.
“É um momento triste para o segmento, mas passageiro. Acreditamos que as negociações em andamento com outros países irão reequilibrar o cenário”, afirmou um representante de uma das maiores cooperativas do país.
Entre os destinos alternativos para absorver a produção brasileira, a China aparece como o mercado mais promissor. Especialistas avaliam que, caso as tratativas avancem rapidamente, o país asiático poderá suprir grande parte da demanda perdida com os Estados Unidos.
Entretanto, os próximos dois meses serão decisivos. O setor estima que até lá o mercado precisa encontrar novos canais de exportação para evitar maiores prejuízos e garantir a normalização do fluxo econômico.
Enquanto isso, o setor segue em compasso de espera, confiando que a tradição e a qualidade da produção brasileira manterão o país como um dos principais players globais no ramo de granjas e avicultura.
